Autor@: Mireille Dottin-Orsini
Tradutor@: Ana Maria Scherer
Editora/Ano de publicação: Rocco / 1996
Nª de págs: 370
Estado de conservação: Exemplar em bom estado, livre de marcações e assinaturas, páginas bastante amareladas e oxidadas.
Sinopse:
A mulher que eles chamavam fatal é a revelação de um enigma, de como as mulheres simples se transformaram no final do século XIX na origem dos mais terríveis assombros, muitas vezes sob a aparência de delícias paradisíacas. Neste A mulher que eles chamavam fatal, a autora Mireille Dottin-Orsini percorre um caminho revelador através de imagens de mulheres fatais da literatura e da arte do fim do século XIX, especialmente entre 1880-1914. Elas eram perigosas, maléficas, assassinas, o portal do suicídio, como a bela Otero, que arruinava e levava os amantes à morte, ou Sarah Bernhardt, que teve relações sexuais dentro de um caixão.
Estas vampiras mal-assombradas pouco tinham a ver com as mulheres de carne e osso, obrigadas a suportar tão alheias imagens. A autora tenta se aproximar da origem de tantas Dalilas, Evas e Salomés, tanto do imaginário masculino quanto do feminino. Veja-se as heroínas exageradas e sangrentas de Rachilde, pseudônimo de Marguerite Eymery, autora de Monsieur Vénus, La marquise de Sade, La jongleuse, entre outros, Mireille Dottin-Orsini abre janelas surpreendentes, por vezes tão apavorantes quanto seus objetos de estudo, ao apresentar o discurso masculino de jogo duplo e tão antigo, de celebração e ao mesmo tempo de horror à mulher.
Estas imagens femininas transbordam dos textos literários e alcançam os discursos médicos, científicos e filosóficos. A autora foi obrigada a se deparar com o ambiente apocalíptico do fim daquele século, das idéias sombrias que se encaminhavam para a Primeira Guerra, de teóricos que vislumbravam a humanidade em direção ao suicídio. A mulher seria o instrumento deste suicídio.
O contemporâneo Sigmund Freud, no lugar de resolver, apenas confirma, na opinião da autora, todos estes fantasmas, apesar da tênue colaboração de que vinham do inconsciente. Para Mireille Dottin-Orsini, Freud estava por demais influenciado naquele momento pelo mestre da hipnose Charcot, que exibia shows de mulheres hipnotizadas em delírios eróticos, obcecadas pelo amor. O que o levou a conceber a célebre loucura feminina, batizada de histeria. Os delírios, no entanto, eram generalizados e coletivos. As mulheres fatais pouco tinham a ver com as mulheres de verdade. Este enigma é decifrado durante uma viagem precisa e erudita à literatura, à arte, à ciência e à cultura.
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